Aneurismas da Aorta
A aorta é a maior artéria do corpo humano. Se origina no coração e emite ramos para irrigação do cérebro, membros, medula espinhal e vísceras abdominais. Pode apresentar dilatação aneurismática em todo o seu trajeto, sendo o local mais comum o segmento abdominal.
Este tipo de aneurisma é a 15ª causa de morte nos EUA atualmente, e tem maior incidência em homens com mais de 50 anos de idade. Além da idade e do sexo masculino, outros fatores de risco são hipertensão arterial, história familiar e tabagismo.
A rotura de um aneurisma da aorta pode levar ao óbito em mais de 80% das vezes, sendo que metade dos casos sequer chega ao hospital com vida. Para evitar esta catástrofe, os aneurismas devem ser identificados e tratados eletivamente.
O diagnóstico pode ser feito através de exame físico e exames de imagem (ultrassonografia, tomografia, ressonância). Homens acima dos 60 anos devem ser submetidos a pelo menos um exame de restreamento, geralmente uma ultrassonografia, para descartar esta doença, que na grande maioria das vezes não apresenta sintomas. A dor abdominal e lombar são sintomas possíveis, e podem significar aumento da chance de rotura do aneurisma.
O tratamento pode ser conservador (observação) quando o aneurisma é pequeno e sem complicações ou quando o risco cirúrgico do paciente é muito elevado. Há indicação de intervenção caso o aneurisma ultrapasse o diâmetro a partir do qual o risco de sua ruptura é importante, e nos casos sintomáticos (dor, trombose, embolização).
As técnicas existentes atualmente são a convencional ("cirurgia aberta"), realizada através da substituição direta da região da aorta dilatada por um enxerto - figura 2, e a endovascular, menos invasiva, realizada através do implante de "endopróteses", geralmente pelas regiões inguinais (virilhas) - figura 3. Nesta última o risco cirúrgico é menor é a recuperação mais rápida, mas pode haver necessidade de posteriores reintervenções. Para se fazer uso da técnica endovascular, a anatomia do aneurisma deve ser favorável, ou seja, nem sempre esta técnica é possível.
Com a identificação e tratamento precoces dos aneurisma da aorta, a taxa de mortalidade cirúrgica pode ser inferor a 5%, o que justificou inclusive a campanha de conscientização realizada pelaSociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular no ano de 2014.
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